Mais de uma centena de Agentes Educacionais (AEs) da Prefeitura de Araraquara decidiram, ontem, 13, em assembleia, entrar em estado de greve para exigir melhores condições de trabalho. A Prefeitura negou todos os pedidos feitos pela categoria esse ano e, pior, tem reduzido direitos e aumentado o serviço dos AEs nos últimos anos.

Com mais de 800 pessoas nessa função, os Agentes Educacionais formam o segundo maior grupo de servidores de Araraquara, atrás dos professores que são 1,2 mil. E eles têm sido muito maltratados pela Administração ao longo do tempo.

Recentemente, foi retirada dos AEs a possibilidade de promoções por título (nem se estudar em Harward tem valor), aumentaram o número de crianças por Agente e impuseram a eles serviços que não fazem parte das suas atribuições, como fazer chamada em salas de aula e elaborar planejamento pedagógico.

Porém, os AEs decidiram, ontem, que não aceitarão mais fazer tarefas que não estejam pré-determinadas no edital do concurso. Ou seja, Agentes Educacionais de Araraquara não farão mais o tal “planejamento” a partir desse mês de novembro.

O grupo também decidiu que irá promover uma manifestação ainda com data e horários a serem definidos, para chamar a atenção da Prefeitura para as suas reivindicações. O SISMAR fará camisetas dessa luta para distribuir entre os agentes educacionais no dia da manifestação.

Os AEs entraram em estado de greve, ontem, para pressionar a Administração a negociar. Caso a Prefeitura insista em negar todos os pedidos do grupo, os Agentes já aprovaram a paralisação das atividades a partir do primeiro dia de aula de 2015, no retorno das férias escolares.

O SISMAR irá comunicar ainda hoje a Prefeitura e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre a decisão dos Agentes. Em breve, o MTE deverá convocar uma mesa redonda para abrir negociação entre a Prefeitura e os AEs, com participação do Sindicato.