Com o tumulto que tomou conta da única unidade de atendimento de urgência e emergência em funcionamento na noite desta sexta-feira em Araraquara, a UPA Central, ficou evidente a incompetência do Governo Barbieri em gerenciar a Saúde pública. Veja vídeo.

Mesmo com quatro médicos atendendo, a UPA Central ficou superlotada como era de se esperar, depois do fechamento da UPA da Vila Xavier. Mas não foi só a UPA que o Governo Barbieri fechou. Desde o primeiro mandato, Barbieri já fechou o Pronto Socorro do Melhado, as salas de estabilização do Selmi Dei e do Vale do Sol e o NIS do Iguatemi, todas que atendiam urgência e emergência.

A população, na noite de sexta-feira, estava enfurecida. Invadiram as áreas restritas da UPA, ameaçaram até bater em funcionários. Mas a revolta era contra o Prefeito Marcelo Barbieri. “Quando é para pedir voto ele vem pessoalmente. Agora, que está essa bagunça, ele manda só os assessores. Por quê?”, questionou uma usuária.

Diretores do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (SISMAR) estiveram na UPA Central para tentar acalmar a população em defesa dos servidores. “Vejam a que ponto chegamos. Uma cidade rica do porte de Araraquara com 200 mil habitantes e uma única unidade para atender urgência e emergência! O prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) é responsável direto por isto aqui. Desperdiçou um monte de dinheiro com cargos políticos, com terceirizações irregulares e vai fazer a população pagar por isso. Absurdo”, diz Valdir Teodoro Filho, presidente do SISMAR.

A demora no atendimento é resultado direto do fechamento das demais unidades, o que provocou o acúmulo de pacientes em uma única unidade, a UPA Central. Mas o problema é bem maior que isso.

Os servidores, que estão em greve por melhores condições de trabalho, suspenderam a mobilização em respeito à população.

Um exemplo claro da precariedade das condições de trabalho na UPA é a falta de material básico de higiene e limpeza, como papel toalha para enfermeiras enxugarem as mãos ou desinfetante para a higienização da unidade.

Toda a imprensa da cidade esteve na UPA e pode presenciar a ira dos pacientes e dos funcionários, que não aguentam mais trabalhar em condições tão ruins. Usuários esperavam há seis, oito horas por atendimento, e deram declarações aos jornalistas aos berros, cobrando da Prefeitura a solução do problema.

Para o presidente do SISMAR, a atitude de Guedes foi covarde. “Covarde. Ele deveria vir aqui pessoalmente e desmentir o que não pode enxergar do conforto do seu gabinete e dar explicações ao povo que está há horas sofrendo por causa da gestão temerária e irresponsável que o Governo Barbieri está fazendo.”

Diante da confusão, o atendimento foi acelerado e, às 21h30, a situação havia voltado ao normal.