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21/07/2014 15:42 - Autor: Raphael Pena

Araraquara foi abandonada pelo Governo Barbieri

Se os serviços ainda funcionam, é porque os servidores municipais de carreira superam diversos obstáculos para atender a população, como a falta de condições de trabalho, de estrutura, a chefia desinformada, o assedio moral.

Este é o resultado de uma péssima administração, que não soube cuidar do dinheiro, que gastou demais com coisas erradas, desrespeitou a lei e faliu.

Araraquara nunca esteve tão abandonada. Do mato alto, mais alto do que jamais esteve, à falta de professores; dos buracos no asfalto, à falta de remédios nos postos de saúde.

Até os semáforos, caríssimos, ainda que alguns pagos com dinheiro de multas ambientais, tão recentes e já não funcionam.

Este é o resultado de uma péssima administração, que não soube cuidar do dinheiro, que gastou demais com coisas erradas, desrespeitou a lei e faliu. Quando Roberto Pereira, secretário de Fazenda, admite que a situação é dramática, ele está reconhecendo que os serviços públicos estão precários por falta de dinheiro. Não conseguiram pagar a empresa Gocil, que fornecia mão de obra de limpeza e de segurança armada, e vão perder os serviços.

A Prefeitura já está convocando os próprios servidores para limparem seus locais de trabalho, banheiro inclusive. O Sismar, sindicato da categoria, alerta: “Só se for de livre escolha do servidor, após o expediente e pagando hora-extra”, explica o diretor do Sismar, Marcelo Roldan.

A previsão, infelizmente, é que as coisas piorem. Os servidores podem entrar em greve a qualquer momento contra o aumento da jornada de trabalho sem aumento do salário. E se os serviços ainda estão sendo prestados, é porque os servidores superam diversos obstáculos para atender a população, como a falta de condições de trabalho.


Manutenção

Prédio da Vigilância Sanitária fede a esgoto

O prédio onde funciona a Vigilância Sanitária de Araraquara teria que ser interditado por este mesmo órgão caso fosse submetido à vistoria. A casa, alugada pela Prefeitura, fica no bairro Santa Angelina e “não oferece condições para albergar uma repartição pública”, diz um fiscal que não quer se identificar.

O local cheira a esgoto. O fato é de conhecimento do Ministério do Trabalho e Emprego e da Prefeitura. A equipe de combate à dengue foi transferida para o prédio do antigo Pronto Socorro do Melhado por causa do mal cheiro, mas outros setores ainda funcionam lá, inclusive o gabinete do coordenador das Vigilâncias, Feiz Mattar.

Outros locais - Não é só o prédio da Vigilância que tem problemas. O gabinete do Coordenador de operação e fiscalização da Secretaria de Trânsito e Transportes, Cel. João Alberto Nogueira, tem rachaduras que vão do chão ao teto.

Alguns postos de Saúde, como os do Jardim Sta. Lúcia, continuam sem condições para atender a população, são casas alugadas e transformadas improvisadamente em Postos de Sáude.

O banheiro para uso dos Agentes de Trânsito está quebrado há meses, o refeitório fica ao lado de equipamentos e máquinas, sob um teto sem qualquer tipo de proteção contra os pássaros que habitam o local.

Saúde

Não tem médicos e faltam remédios

A Saúde pública em Araraquara sofre de outro mal, além da falta de dinheiro: ausência de gestão. Cinco secretários já passaram pela Pasta durante o Governo Barbieri, incluindo o próprio prefeito. O desgaste é tão grande que mais de 40 médicos já pediram a conta.

Assim, faltam médicos, mas faltam também farmacêuticos, agentes administrativos, frequentemente faltam remédios básicos, alguns exames levam até um ano para serem realizados. Retrato do abandono.

Educação

Falta até professor e livro didático

Uma em cada dez salas de aula está sem professor atualmente na rede municipal de Educação de Araraquara.

A Prefeitura admite o déficit e alega que está contratando. Porém, o processo de contratação está lento, prejudicando o aprendizado das crianças, que ficam com aulas vagas, as chamadas “janelas”, toda semana, quase todo dia.

Para piorar, os livros didáticos de algumas disciplinas ainda não chegaram, como é o caso do livro, Tic Tac Toe, de Inglês para 4º e 5º ano. O segundo semestre começa sem que os alunos tenham tido a oportunidade sequer de ver a cara do livro.

Ainda sobre livros didáticos, o Ministério Público Federal (MPF) está investigando a entrega de livros didáticos do MEC em Araraquara. Como o Governo compra do Sistema Sesi, o MPF quer saber porque foram entregues cerca de 16 mil livros nas escolas e depois recolhidos.

Segurança

Prédios públicos, servidores e população em risco

Guardas Municipais, sem armas, estão responsáveis pela segurança de locais pelos quais circula grande volume de dinheiro, inclusive um caixa eletrônico, que já foi alvo da ações de bandidos há cerca de dois anos. Sem mais detalhes para não chamar a atenção, mas servidores e população correm risco.

Limpeza pública

Mato alto em toda a cidade

O Governo Barbieri ficou marcado em Araraquara pela quantidade e pela altura que o mato chegou.

Em todos os bairros, no centro, nas praças, o abandono era visível. O mato tomou conta até dos postos de saúde, das escolas e das creches.

A partir do mês de junho, a Prefeitura transferiu para o Daae os custos e a responsabilidade pela manutenção das praças e jardins da cidade, R$ 5 milhões ao ano (ver matéria nas páginas 10 e 11).

Trânsito

Asfalto, semáforos e tintas de péssima qualidade

Os produtos e equipamentos comprados e utilizados pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte de Araraquara são de péssima qualidade. Desde os semáforos, tão novos e cujos cronômetros já não funcionam, até o asfalto, que mais parece uma farinha preta. Mas não para por aí: a sinalização de solo, usada por exemplo para pintar faixas de pedestres, sai em menos de três meses. Tudo precário em nome da economia. Tem até viaturas alugadas que rodam sem rádio e sem giroflex.

Dengue

22 agentes de combate demitidos durante epidemia

O desrespeito à lei por parte da Prefeitura colocou a população de Araraquara em risco. O Ministério do Trabalho considerou irregular a terceirização do combate à dengue do modo que vinha sendo feito e a Prefeitura demitiu 22 agentes de combate em plena epidemia.

Eles eram funcionários da empresa Gocil, que terceirizava mão de obra para diversos setores da Prefeitura. Pouco tempo depois da demissão, a Gocil rompeu o contrato que tinha com a Prefeitura por falta de pagamento.

Leia mais no jornal Araraquara Livre.

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